Rua Ação

  • Sobre o projeto
  • Vídeos: Moradores de Rua

Lastimável condição de desumanidade de toda nossa cultura de morte.

Posted by passos on 15 de agosto de 2015
Posted in: Sem categoria. Leave a Comment

Humanidade cerceada e invisivel

Direitos Humanos Brasil
O dia 19 de agosto é o Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua. Aproveitamos o mês para trazer reflexões sobre a vida das pessoas que moram na rua.

O senhor da foto não se lembra do seu nome, ele tem 63 anos e está em Brasília. Além da invisibilidade, ele reclama de problemas de saúde. Levantamento do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome aponta que 29,7% de moradores de rua afirmam ter algum problema de saúde. O Brasil já conta com 129 equipes de consultórios na rua, que tem o objetivo de ampliar o acesso dessa população aos serviços de saúde de forma integral. A saúde da população em situação de rua é um direito humano. A visibilidade também.

Chega de preconceito. A população de rua precisa de oportunidades!

Abre-se a crisálida: RuAção em Livro…. amanhã

Posted by passos on 18 de maio de 2015
Posted in: Sem categoria. Leave a Comment
José Marín e esposa na Suíça - foto Claudyo e Beleni

José Marín e esposa na Suíça – foto Claudyo e Beleni

 

« El silencio era tal, que se podía escucha los sentimientos… »

 

Sentir el nacimiento de una obra colectiva, hace parte de un  ciclo vital mágico, que nos permite florecer… solo  se logra « dar » la vida  compartiendo, con mucho respeto entre todos.

Pensar en los « otros » es también, la posibilidad de construir el « nosotros » en un horizonte de fraternidad.

 

Un abrazo grande a toda nuestra Tribu brasileira

José

 

Da condição de rua para o Doutorado

Posted by passos on 27 de abril de 2015
Posted in: Sem categoria. Leave a Comment

criança-não-é-de-rua

Agradeço a indicação por Maria Santíssima da ASCOM/UFMT.

Do lixão ao doutorado: “Eu era um ser invisível`, diz ex-catador de reciclagem

ANA FLÁVIA OLIVEIRA – IG EDUCAÇÃO – 27/04/2015 – SÃO PAULO, SP

Quem via o menino mirrado e tristonho de quatro anos ano ao lado da mãe e das duas irmãs mais velhas revirando o lixão da cidade de Piedade, no interior de São Paulo, atrás de objetos e produtos que pudessem ser vendidos e muitas vezes até servir de alimentação para família, não imaginaria que quando adulto Dorival Gonçalves dos Santos Filhos, hoje com 32 anos, estaria prestes a concluir o doutorado em Linguística na Universidade Federal de Santa Catarina.

Santos teve sua primeira experiência no lixão da cidade natal por causa das condições precárias em que vivia a família. “Nessa época, eu ainda não tinha noção de tudo que faltava, mas a gente passava fome. Fiquei doente, acho que era desnutrição”, lembra.

Enquanto o pai trabalhava na área de construção em outras cidades do Estado, e quase não ficava com a família, a mãe tinha a responsabilidade pelos três filhos – além de Santos, ela tinha duas meninas mais velhas, que tinham sete e dez anos.

“A gente conseguia de tudo no lixão: comida, roupa, mas o foco principal era tentar colher todo material que desse para vender e conseguir dinheiro”, diz. “Como era muito pequeno, eu ficava tentando achar brinquedo”, lembra.

Por um curto período, a mãe e as irmãs deixaram o lixão foram trabalhar na agricultura. Mas a sazonalidade do setor permitia apenas trabalhos temporários. A solução para compor a renda da família foi voltar a trabalhar com materiais considerados lixos para os outros, mas dessa vez longe do lixão. Quando tinha cinco anos, ele e as irmãs percorriam as lixeiras da cidade atrás de materiais que pudessem ser reciclados.

Precoce, aos seis anos, Santos foi matriculado na 1ª série. Todos os dias, ele acordava antes do sol nascer para percorrer a cidade atrás do lixo dos outros. Ao meio-dia, ia para escola. “Meus colegas me viam recolhendo lixo e me chamavam de lixeiro. Na época, eu vivia muito triste, porque não tinha infância. Enquanto eles brincavam, eu trabalhava.`

Quando o menino tinha por volta de dez anos, o pai voltou definitivamente para casa. Mas o casamento acabou logo em seguida. Divorciada, a mãe arrumou um emprego como gari e os filhos tiveram de voltar para o lixão.

“A gente não tinha escolha. Se quiséssemos sobreviver, tinha de ser desse jeito`, diz ele, que na época já tinha outros dois irmãos mais novos.

A partir dos 13 anos, quando concluiu a 8ª série, abandonou de vez a escola e passou a trabalhar quase exclusivamente (às vezes conseguia um posto temporário na colheita ou na plantação de morangos e alcachofras) no lixão pelos próximos dez anos. Ele lembra com tristeza dessa decisão. “Foi triste largar a escola, mas eu não conseguia dar conta, ficava muito cansado. A partir da 5º série, eu estudava À noite, trabalhava o dia todo e não conseguia acompanhar as aulas”.

Livros: as pérolas do lixo

No período em que trabalhou como catador de material reciclável, Santos se sentia como um ser invisível perante a sociedade. “Nesta época, percebi o quanto éramos invisíveis aos olhos de todo mundo. Nem mesmo os lixeiros dos caminhões olhavam para gente.”

Apesar da convivência diária com sensação de invisibilidade, o lixão lhe despertou a paixão pelos livros. Silva recolhia os volumes do lixão e os lia nas horas de folga. Chegou a juntar cerca de 3 mil exemplares, com a colaboração dos colegas do lugar.

“Guardava todos que encontrava e pedia para colegas me daram aqueles que achavam. É impressionante a quantidade de livros que aparecia no lixão, desde infantis até clássicos da literatura e livros pré-vestibular`.

O gosto pela leitura foi incentivado pela mãe, que só estudou até a 4ª série, mas o presenteava com gibis velhos. “Quando a gente lê muito, começa a sonhar. Eu tinha sonhos de sair do lixão, do País, não via perspectiva nenhuma aqui, mas esses sonhos foram ficando para trás porque eu precisava trabalhar”, conta.

A guinada começou quando as condições da família começaram a melhorar, com o auxílio de programas de transferência de renda, como o Bolsa-Família. Nesta época, ele tinha 20 anos e pôde `se dar ao luxo` de voltar para escola. Apesar de poder optar por um supletivo, resolveu se inscrever no módulo normal do Ensino Médio. Nos três anos, dividiu seu tempo entre o lixão e o estudo. Incentivado pelas professoras, no final de 2006 prestou a prova da Unesp (Universidade Estadual de São Paulo). O curso escolhido não poderia ser outro: Letras, com habilitação em Francês.

Vida na universidade

A entrada na universidade o possibilitou largar a vida no lixão, mas o deixou longe da família. Com a passagem de ônibus paga por uma professora da escola, ele chegou à cidade de Assis, a pouco menos de 500 km de Piedade, em janeiro de 2007. No bolso, tinha R$ 200 para pagar um mês de aluguel e, na cabeça, a esperança de ser contemplado com a bolsa proporcionada pela universidade.

“As pessoas diziam que era loucura, mandavam eu esquecer essa história de fazer faculdade. Mas eu já estava com outra cabeça e muita vontade de vencer. Sai com o coração partido de deixar minha família, mas com muita esperança de voltar e dar uma vida melhor a eles”, conta.

A bolsa no valor de R$ 200 demorou quase dois meses para ser aprovada. Neste período, Santos lembra que conseguia tomar café de graça em um mercado perto da casa. No entanto, as contas continuavam não fechando e ele quase foi despejado do quarto onde morava.

Foi quando ele conheceu a dona de uma lavanderia que alugou uma casa para ele por R$ 100 e o contratou por R$ 300 para trabalhar no local. O jovem ainda conseguiu um emprego de cuidador de idosos na madrugada.

“Eu trabalhava na lavanderia até as 17h, ia para faculdade até as 23h e era acompanhante de idoso de noite. Saia de manhã e voltava para faculdade. Só estudava aos fins de semana, mas curiosamente foi nessa época que tirei as melhores notas”, conta orgulhoso.

Foi assim que, no ano de 2011, Santos se tornou o primeiro integrante da família a concluir a graduação. Com o diploma, ele seguiu para Santa Catarina atrás da família que havia se mudado para Estado. Lá, chegou a dar aulas por três meses, até ser aprovado para fazer o mestrado em Linguistica na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), em agosto daquele ano. Em 2013, concluiu o curso e voltou a dar aulas por seis meses até ingressar no doutorado na mesma área, com foco em semântica.

Futuro

“As pessoas dizem que sou um exemplo. Mas eu não consigo me ver dessa forma. Nunca havia contado essa história para ninguém até o ano passado. Achava que era normal, mas agora estou me convencendo que não é tão normal assim”, diz, modesto. `Penso em melhorar ainda mais para ajudar a minha família. Cheguei até aqui pensando no que de melhor eu poderia oferecer a eles. Penso em ser um bom pesquisador e, quem sabe um dia, falar sobre a minha história e mostrar que o País mudou e é possível que pessoas invisíveis se tornarem protagonistas.”

 

AGAMBEN em Castor Ruiz e RuAção

Posted by passos on 26 de abril de 2015
Posted in: Sem categoria. Leave a Comment

AGAMBEN: O Estado soberano e a Vida nua

http://gempo.com.br/portal/2014/01/16/programacao-aberta-ao-publico-do-professor-castor-ruiz/

O LIVRO RuAção: estará nos próximos quinze dias conosco.

Posted by passos on 21 de abril de 2015
Posted in: Sem categoria. Tagged: Educação Popular Freireana, Fenomenologia de Maurice Merleau-Ponty, Fenomenologia merleaufreireana, Fenomenologia Paulofreireana, GPMSE Fenomenologia, Grupo de Estudos Educação & Merleau-Ponty (GEMPO), moradores de rua, RuAção. Leave a Comment

 

paint-capa-rua-ação2

DO LIVRO

RuAção – OS OUTROS EUS DE NÓS: Da Pedagogia da Rua à Politica da Rua

EdUFMT

Prefácio Boaventura de Souza Santos

Organizadores(as)

                                                                                                                         

Solange Terezinha de Lima Guimarães 

Cláudia Cristina Carvalho

Luiz Augusto Passos

José Marina

Este livro é o primeiro de uma coleção que se intitula “RuAção – Vulnerabilidade & EducAção em Pesquisa.

Compõe recortes de uma pesquisa de população em condição de vulnerabilidade de moradores, trabalhadores em condição de rua e sua resistência e resiliência, privilegiando neste primeiro volume uma fenomenologia merleau-freireana, voltada à educação a partir dos oprimidos. O projeto RuAção é projeto realizado pelo Grupo de Pesquisa Movimentos Sociais e Educação (GPMSE) e pelos Grupo de Estudos educação & Merleau-Ponty (GEMPO) da Universidade Federal de Mato Grosso, ligado ao Programa do Pós Graduação em Educação conveniada com a Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, e à Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos de Mato Grosso, e à proponente Centro de Referência dos Direitos Humanos em 2014. O Livro foi acolhido com entusiasmo pelo Centro Nacional de Defesa dos Direitos Humanos.
A pesquisa do referido volume versa sobre os resultados da Pesquisa realizada em Cuiabá e Várzea Grande da População que trabalha e vive na rua, com os devidos recortes.

O livro pretende ter um caráter também de certa iniciação à Fenomenologia Merleau-freireana com vistas a ir construindo uma metodologia de tradução de uma orientação teórico metodológica voltada à vida vivida, e ao mundo vivido, e demonstrar perspectivas interpretativas a partir desta releitura, atribuída ao Filósofo Fabio Di Clemente (UFES).
Boaventura-de-Sousa-Santos

Excerto da Apreseentação do Professor Boaventura de Souza Santos:

Boaventura de Sousa Santos prefacia o livro

RuAção: Das epistemologias da rua à política da rua

“Apresento-vos um livro arriscado. Apesar de escrito a muitas mãos quase todas escrevem apoiadas pela mão de Merleau-Ponty e Paulo Freire, o que confere ao livro uma coerência surpreendente. A ordem da razão cartesiana é submetida à ordem e desordem da vida e da experiência. E no umbral dessa experiência estão os corpos por onde passam os sentidos cruzados das interações e das intersubjetividades de modo a deixar de fazer sentido as distinções burocráticas do conhecimento eurocêntrico moderno, sejam elas entre sujeito e objeto, entre corpo e alma, entre sentir e pensar. A subversão é grande e, é justo perguntar, ficará à porta do livro? Corpos-feitos-palavra e palavras-feitas-corpo e tudo num mundo bem terreno sem nostalgia de aléns. Mas num aquém de diferenças gritantes que saltam por cima da cumplicidade e da solidariedade. A diferença-mãe está na desigualdade entre os corpos e suas palavras. Corpos agasalhados, bem alimentados, bem sucedidos na vida e corpos nus, e precários a partilhar o lar da rua, vivendo na sombra da ausência e da morte, muitas vezes ausentes até à morte, seu único momento de presença. Palavras abundantes, bem escritas e eruditas, bem vestidas de papel escrito e impresso, e com os ornamentos recomendados a que chamamos notas de rodapé, e palavras desgraçadas e desgarradas, silenciosas, ora monossilábicas ora eloquentíssimas mas nunca bem compostas, sempre reverentes e sempre táticas para que da reverência resulte alguma moeda. Corpos que falam e escutam para poder saber, e corpos que sabem para poder falar e não ter de escutar. Palavras-do-encontro que têm parentes bem posicionados nas bibliotecas, e palavras sem eira-nem-beira, para quem cada encontro é apenas um desencontro menor. Corpos-que-têm-outros-encontros-obviamente-mais-importantes, e corpos-que-têm-outros-encontros-obviamente-mais perigosos. Palavras-que-constroem-espelhos, e palavras-que-são-espelhos.
A pungência deste livro, seu risco bem assumido, reside em espetar nos olhos do leitor os limites do trabalho académico ao ponto de quase o cegar. A luz que resta ao leitor é para sair do livro e ir juntar-se à luta por uma sociedade com corpos e palavras ainda mais diversos mas muito menos desiguais
. (Continua…)

 

APRESENTAÇÃO DO LIVRO DO PROJETO RUAÇÃO:

PROFESSOR JOÃO CLEMENTE DE SOUZA NETO (Prof. Dr. Mackenzie, São Paulo)

Possui graduação em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia Nossa Senhora Medianeira (1987), mestrado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1992), doutorado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1997) e pós-doutorado em Sociologia Clínica, na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2005). Atualmente, é professor adjunto do Curso de Pedagogia da Universidade Presbiteriana Mackenzie e membro do Socius, Centro de Investigação em Sociologia Económica e das Organizações (Instituto Superior de Economia e Gestão, Universidade Técnica de Lisboa). Integra o Instituto Catequético Secular São José – ICSSJ; a Pastoral do Menor da Região Episcopal Lapa, São Paulo, SP, e a Associação Civil Gaudium et Spes – Ages, na área da criança, do adolescente e famílias em situação de vulnerabilidade social. Tem experiência na área de Ciências Sociais, com ênfase em Análise Institucional do campo da infância e da adolescência, atuando principalmente nos seguintes temas: construção e circulação do conhecimento, cultura, subjetividade, pedagogia social, cidadania, sujeito, assistência, direitos sociais, municipalização, educação, organizações públicas não estatais e exclusão social. Ultimamente, realiza pesquisas sobre socialização, aprendizagem, inserção social, desvio, práticas sociais, diversidade cultural e pedagogia social. É autor de vários artigos e livros sobre os temas pesquisados

Joao_Clemente_Neto_foto

Professor João Clemente de Melo Neto (Mackenzie/S. Paulo)

EdUFMT

“O conjunto do material traz uma novidade que tende a repercutir nas relações humanas e na forma de pensar as políticas públicas. Os textos enfatizam a importância de se colocar no lugar do outro, de escutar seus apelos, de priorizar a vida humana, desreificam as categorias analíticas e buscam uma melhor aproximação com o fenômeno. Um dos grandes desafios dos povos é aprender a conviver juntos, no sentido do respeito de si, do outro e de todos os seres viventes do Planeta. Os textos apresentados trazem uma reatualização do pensamento fenomenológico, sobretudo pela perspectiva de Merleau-Ponty, Paulo Freire e Levinas. Com simplicidade e singeleza, o material busca desvelar e compreender a situação da população de rua, que não é um fenômeno novo, mas que, no contexto atual traz um conjunto de novidades que podem ser mais facilmente apreendidas quando o pesquisador tem uma atitude fenomenológica. Neste sentido, a teoria ilumina a realidade e a realidade ilumina a teoria. Todos os atores envolvidos na pesquisa se modificam e produzem um conhecimento que transforma a realidade. Trabalhos com esta qualidade contribuem para o avanço do conhecimento e a melhoria das relações humanas, por um olhar dialógico.Que o grupo de pesquisadores não perca o espírito da fenomenologia e não seja prisioneiro de instrumentos burocratizantes e nem prisioneiro do mercado”.

                                                                                                                             Prof. João Clemente de Melo Neto.

 

   Parecer do professor Manoel Pereira de Andrade (UnB)

Manoel Pereira Andrade

 

 

‘A publicação tem relevância pela sua abrangência, participação de diversos pesquisadores, inclusive de outras universidades, e principalmente pela imersão na realidade da população em situação de vulnerabilidade. A forma de interpretação, voltada à vida imediata com orientação teórico metodológica de Merleau Ponty, dão consistência e riqueza ao trabalho. A partir deste referencial teórico, o trabalho buscou ir além do antropocentrismo, resgatando o vínculo com a terra, com a natureza, com o impensado, com o corpo como expressão de saber, de aprendizagem. Assim nos enriquece apontando que há uma pedagogia viva nas ruas, a qual não chega a nós

 

 

 

 

 

 

 

 

‘.

 

Jardim Gramado: repete-se despejos e destruição de patrimônio das pessoas

Posted by passos on 5 de março de 2015
Posted in: Sem categoria. Leave a Comment

Despejo Jardim Gramado 3

Vejam abaixo este vídeo/ As famílias querem uma ação da parte dos Diretos Humanos. O que vamos fazer?

No 25 de fevereiro de 2015, a polícia militar de Mato Grosso a mando da Justiça expulsa violentamente moradores do bairro Jardim Gramado 3. A área foi requerida pela MRV imobiliária/construtora mas os moradores reivindicam o uso social já que a mesma estava abandonada há anos.

 

CENTRO NACIONAL DE DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS APÓIA NOSSA PUBLICAÇÃO

Posted by passos on 20 de fevereiro de 2015
Posted in: Sem categoria. Leave a Comment

Olá Passos e Cláudia;

Desculpe não ter retornado antes, mas estamos com uma correria só para a renovação do Projeto do CNDDH,
Dei uma rápida olhada no livro e achei muito bacana e consultei o conselho gestor para a utilização da logo do CNDDH e será um prazer apoiar este trabalho.
Um grande abraço e estamos a disposição.
Karina V. Alves
CNDDH

RuAção em 2015: Brasil – Pátria Educadora a partir da Pedagogia e Direitos dos Oprimidos e da Oprimidas

Posted by passos on 2 de janeiro de 2015
Posted in: Sem categoria. Leave a Comment

image_1

Arte Fotográfica de Miguel Castello

RUA-ACAO-_-SITE_TOPO.png

AMIGOS, AMIGAS, PESQUISADORAS E PESQUISADORES O MELHOR ANO DO MUNDO PARA TODAS E TODOS!

 

1. Temos, com urgência que buscar fazer a prestação de contas do Projeto RuAção. O projeto nosso não termina aqui. Temos com urgência de nos preparar para a segunda fase, e o próximo livro com informações processadas pelo NVIVO.

 
2. O livro está fechado. Ficou magnífico, tanto no que concerne à duplicação em nível de artigos, de finalização derradeira (E-BOOK) e, também, de possibilidades de no dia cinco ser rodado na gráfica. A arte ficou deveras linda. As contribuições de cada pesquisador e pesquisadora foram de grande sensibilidade, no que se refere à pesquisa. Temos tido eco de diversos pesquisadores e pesquisadoras de outras universidades com interesse de aprofundar a Fenomenologia, na forma da metodologia merleau-freireana, pelo que ela rendeu no Projeto RuAção.

 
3. O pesquisador fotógrafo e educador popular MIGUEL CASTELLOo, nos forneceu imagens -graciosamente como contribuição social –  da exposição de São Paulo nominada MEMORIASDARUA, cuja arte é de tirar fôlego. Veja no link: http://www.justicasolidaria.org.br/#!memoriasdarua/ce7l
 
4. A prestação de contas deverá ser fechada imediatamente. E, acreditamos que poderemos imediatamente recorrer com ele impresso as instâncias nacionais para solicitar recursos de continuidade do projeto, que se faz necessária. Temos agora a presença junto a nós do Centro Nacional de Defesa de Direitos Humanos da População em Situação de Rua e Catadores de Materiais Recicláveis.
 
5. O mote da concentração de forças na Educação – anunciada na posse de Dilma – garante projetos de educação com os setores mais excluídos – BRASIL: PÁTRIA EDUCADORA. Talvez, imagino, chegamos na frente, pela primeira vez. De um projeto abrangente que defina uma metodologia com os moradores de rua para além de sua utilidade para o Mercado.
                                                                   

6.  Estaremos em contato com o Projeto em Porto Alegre Ação Rua, para trocarmos perspectivas de abordagens e aprendermos com eles e elas, neste projeto que já tem alguns anos de sobrevivência inclusive de Educação formal com estes setores, dentro de suas idiossincrasias de resistência.

 
Um abraço com carinho a todos e todas.
 
                                                         Passos pela equipe do RuAção

A UNIVERSIDADE DE OLHO NA RUA – Semiedu:

Posted by passos on 20 de dezembro de 2014
Posted in: Sem categoria. Leave a Comment

Professor José Jaime Zitkoski da Universidade Federal do Rio Grando de Sul, nos debates acerca do Projeto RuAção do Centro de Referência dos Direitos Humanos (MT) com os pesquisadores que realizaram a Pesquisa acerca da População de Rua de Cuibá e Váreza Grande

Jaime José Zitkoski é graduado e mestre em Filosofia e tem doutorado na área de Educação
[Foto: Barbara Muller]

REVISTA FAPEMAT CIÊNCIA: “div>No “olho da rua”: as populações excluídas na mira da limpeza social

No caso específico de Porto Alegre, eles foram pressionados pela Polícia, Prefeitura e setores do comércio a deixarem as ruas do centro da cidade e se deslocarem para a zona rural, a 25 km da capital. Os que habitam os locais públicos são vistos como incômodo, problema, sujeira. E como a ideia era segregar, os setores que tinham aversão pelos miseráveis sugeriram criar uma colônia agrícola. Como se vê, o plano era levar para bem longe ‘aquela gente’.
“Esses moradores de rua já eram catadores de papelão, de latinha e de outras coisas que têm valor na reciclagem do lixo. Eram catadores individuais e entregavam aquilo para os atravessadores, que compravam por um preço muito baixo, para que eles tivessem um ganho ali. Mas moravam na rua, catavam os materiais das 18 às 21 horas, que é o chamado “horário nobre” deles aproveitarem os restos que estavam nas calçadas. Ajudavam na limpeza da cidade vendendo esse material”, explica Zitkoski.
A partir desse cenário, o projeto criou a sua primeira face: a extensão. Os estudantes rompem os muros da universidade e interagem com os moradores de rua no sentido de identificar as causas de levarem uma vida fora de casa e suas expectativas. Fora isso, há o viés da assistência também, de criar condições para que aquelas pessoas não fiquem ociosas.
Segundo Zitkoski, outra possibilidade é colocar os desabrigados em contato com suas famílias. “O ‘Começar de Novo’ tenta levantar a autoestima deles para, de repente, colocá-los novamente em contato com a família. Não que eles sejam obrigados a voltar, mas alguns aceitaram sair um pouco do vício das drogas ou da bebida e voltaram a ter vínculo com seus familiares. Mas o problema é complexo, porque muitos preferem ficar na rua participando do projeto”.
A outra face do projeto é a pesquisa. A partir das observações e ações feitas em campo, os estudantes desenvolvem trabalhos na graduação e na pós. O próprio Zitkoski orientou duas dissertações de mestrado. Um dos trabalhos foi desenvolvido por Marcio Hoff, entre 2008 e 2010, intitulado Assentamento Trinta de Maio: ações e contradições entre educação e trabalho em uma cooperativa de produção agropecuária. O outro foi de autoria de Roque Grazziola, com início em 2009 e término em 2011, sob o título As pessoas em situação de rua em Porto Alegre e seus dramas, tramas e manhas: a cooperação e solidariedade como forma de humanização.
 
Muitos desses moradores ainda continuam habitando as ruas da capital gaúcha, inclusive os que possuem renda. Para o pesquisador, isso se deve ao fato deles já terem criado uma identidade com o local, e escolhem não retornar ao convívio familiar. Ainda assim, o cientista vê ganhos com o projeto de pesquisa e extensão.
uma-cidade-em-que-voce-passa-cerca-de-2-horas-e-40-minutos-no-transito-e-ideal-para-o-tipo-de-arte-do-projeto-e-neste-tempo-em-que-a-pessoas-estao-nas-ruas-que-elas-podem-ter-contato-com-
“Eu acho que o principal ganho é que eles começaram a viver, a se valorizar mais. Então, eles não têm aquela vergonha de se identificar como moradores de rua. O maior ganho é esse: aumentou a autoestima, e aumentando a autoestima eles procuraram satisfazer outras necessidades: querem estudar, acessar internet, participar do mundo que é contemporâneo a nós. Eles aprenderam, hoje, a saber um pouco mais. Eles têm melhores condições de viver um pouco mais dignamente”.
Outro pesquisador externo que participou do SemiEdu foi João Clemente de Souza Neto, professor do Mackenzie e da PUC, em São Paulo. Na mesma linha de Vitkoski, Clemente estuda as populações excluídas. Além da miséria que as acomete, são vítimas da necessidade imposta pela política de ‘higienizar’ as cidades. “Ir para a rua é um resto de liberdade que existe, mas não se perdeu a condição humana. Quem está ali tem um rosto. Eu não falo de um sujeito abstrato: ele tem carne e sentimentos”, defende.
No último levantamento feito pelo IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística], em novembro de 2012, o número de moradores de rua no país atingia a marca de dois milhões.
Depois de ter sediado a Copa do Mundo, o Brasil já se prepara para receber os Jogos Olímpicos, em 2016. É mais um motivo para a política, com a sanção da população, tirar das ruas aquilo que ela julga impróprio. Sem, é claro, criar uma solução para as pessoas que têm na rua a sua única morada.
Foto de capa: www.jornalitanews.com.br

Thiago Cury/Barbara Muller

fonte do artigo: Revista FAPEMAT Ciência

No “olho da rua”: as populações excluídas na mira da limpeza social

Artigo da arquiteta Raquel Rolnik sobre um dos mais antigos centros urbanos em SP. Denuncia os projetos de “limpeza” e os empreendimentos de parceria público-privada que pretendem esconder, pulverizar e dizimar populações de rua.

Posted by passos on 9 de dezembro de 2014
Posted in: Sem categoria. Tagged: limpeza, moradores de rua, Raquel Rolnik, revitalização, São Paulo, urbano. Leave a Comment

Crônica de um assassinato urbano

Projeto pretende apagar da paisagem e da vida urbana os usuários de drogas e, com eles, os mais de 12 mil moradores do bairro

Texto: Raquel Rolnik •

Projeto Nova Luz vem para promover a “revitalização” urbanística da Cracolândia, concedendo-a “limpinha” para que construtoras realizem seus empreendimentos

Crack

foto: Apu Gomes / Folhapress

O nome já carrega o estigma: lugar de viciados em crack, decadente, degradado, marginal. A que lugar estamos nos referindo? Ao bairro mais antigo da cidade de São Paulo, Santa Ifigênia, onde fica parte da chamada Cracolândia. Esse é o único bairro que ainda preserva traços de uma morfologia urbana do século 18, de lotes compridos e estreitos, nos quais se encaixam sobrados com grandes aberturas no andar térreo e segundo e terceiro andares avarandados.

Santa Ifigênia combina o mais antigo e o mais novo dos devires urbanos: sobre essa trama de uma São Paulo desaparecida está instalado e potente o maior polo de eletrônica da América Latina, onde podem ser encontrados os últimos gadgets da parafernália eletroacústica digital a preços competitivos. Nesse mesmo lugar, em um ponto atrás da trajetória presente, habitava a “boca” paulista, polo de produção de cinema em suas múltiplas derivações.

Como esse lugar – desde o século 19 – era ponto de chegada de trens e, desde os anos 1940, de ônibus interurbanos, sua apropriação foi marcada também pela presença efêmera e permanente dos viajantes, dos que passavam rapidamente e dos que vinham para ficar. E mais: moradores, muitos, de vários tipos, idades e condições, constituindo um tecido vivo em permanente transformação.

Até que um dia, alguém achou que o bairro precisava ser “revitalizado”. Sem dúvida, esse, como todos os outros pedaços da cidade, necessita de investimentos permanentes na manutenção e reforma de sua infraestrutura, na adaptação de sua trama a novos usos e na preservação dos valores que ali estão gravados. Entretanto, a ideia de “revitalizar”, ao contrário dos processos que acabamos de descrever, tem como pressuposto a ideia de que o bairro está morto e, portanto, deve ser desconstituído para ser reconstruído.

Crack2

foto: Apu Gomes / Folhapress

É exatamente disso que trata o projeto Nova Luz, que, para fazer o que pode e deve ser feito todos os dias e em todos os lugares da cidade – cuidar, proteger, reformar, manter, atualizar –, propõe a destruição do lugar para ressignificá-lo, destinando-o para outrem. Constituir a Cracolândia foi essencial justamente para construir a ideia de “bairro morto” e essa operação foi minuciosamente construída pela prefeitura e governo do estado de São Paulo.

Sigamos então os passos dessa operação. Passo 1: o abandono – a deficiência na coleta de lixo, a falta de cuidado com as ruas e calçadas, a falta de manutenção nas instalações e equipamentos públicos vão degradando fisicamente a região. Passo 2: fechamento, pela prefeitura, do Shopping Fashion Luz, que gerava um enorme movimento comercial, semidemolindo sua estrutura e transformando esse espaço, semiabandonado, em polo de atração de pessoas semiabandonadas.

Evidentemente, o problema das pessoas viciadas em crack não é urbanístico; precisa ser enfrentado no âmbito da assistência social e da saúde mental, campos onde existem estratégias e profissionais capacitados para cuidar dessas pessoas que, pelas mais diversas razões, acabaram numa situação-limite entre a vida e a morte. Mas, no fim de 2011 (passo 3), a imprensa noticiou as intenções do governo estadual e da prefeitura de se livrar da população viciada em crack, enviando os envolvidos para suas cidades de origem.

Nsenhora

foto: Apu Gomes / Folhapress

Em janeiro deste ano, a Polícia Militar iniciou uma ação de “limpeza” na região que durou 14 dias. Mais de cem usuários de drogas e frequentadores da região foram presos de forma truculenta. Ao mesmo tempo, o projeto Nova Luz abre espaço para que um processo massivo de demolições – que
associa claramente a demolição do espaço físico à eliminação do “problema” da Cracolândia – seja empreendido, destruindo mais de 60% dos edifícios da área. Assim, o projeto vem para promover a “revitalização” urbanística da Cracolândia, concedendo-a “limpinha” para que construtoras realizem
seus empreendimentos.

A partir dessa leitura que identifica a região como Cracolândia, o projeto pretende apagar da paisagem e da vida urbana de parte do centro de São Paulo os usuários de drogas e, com eles, toda a população em situação de rua, o comércio, os mais de 12 mil moradores do bairro de Santa Ifigênia, sua história e sua memória. Remover lojistas e moradores para demolir o bairro, a fim de erguer edifícios mais altos, tem a  ver com uma estratégia de renovação urbana baseada em um conceito de parceria público-privada, no qual é necessário garantir uma alta rentabilidade para viabilizar o negócio.

 Sob essa lógica, portanto, o melhor é demolir o máximo possível para construir um modelo de ocupação do solo totalmente distinto do existente
e mais atraente às tipologias de construção mais aderentes ao mercado. Isso nada tem a ver com respostas ao problema do vício do crack. Entretanto, comerciantes da região de Santa Ifigênia, moradores e apoiadores procuram, desde o tecido vivo existente, resistir a esse projeto (passo 4) de  extermínio da área. Como este, que é um conflito de projeto de cidade, saúde e cidadania, vai terminar só os próximos anos dirão.

Artigo publicado na edição 08, outubro de 2012

 

VC PODE CONFERIR MAIS EM:

http://raquelrolnik.wordpress.com/

 

Relatório das desocupações  ou desapropriações e deslocamentos involuntários:

http://www.secretariageral.gov.br/noticias/2014/julho/gilberto-carvalho-faz-coletiva-sobre-democracia-e-grandes-eventos/copa_2014_desapropriacoes-final-1.pdf

OBS: Cuiabá está entre as cidades que desapropriaram em prol do VLT Cuiabá/ Várzea Grande –  MT Cuiabá E Corredor Mario Andreazza e

E Adequação viária e acesso à Arena Pantanal – Todas desapropriações do Governo Estadual.

 

Posts navigation

← Older Entries
  • Pesquisar:

  • Localizar por Data

    • agosto 2015 (1)
    • maio 2015 (1)
    • abril 2015 (3)
    • março 2015 (1)
    • fevereiro 2015 (1)
    • janeiro 2015 (1)
    • dezembro 2014 (2)
    • outubro 2014 (2)
    • setembro 2014 (2)
    • julho 2014 (1)
    • junho 2014 (1)
    • maio 2014 (3)
    • abril 2014 (3)
    • março 2014 (2)
    • fevereiro 2014 (2)
    • janeiro 2014 (7)
    • outubro 2013 (3)
    • julho 2013 (1)
    • junho 2013 (2)
    • abril 2013 (1)
  • Categorias

    • IHU
    • Jornal
    • NA MIDIA
    • Sem categoria
  • Tópicos recentes

    • Lastimável condição de desumanidade de toda nossa cultura de morte.
    • Abre-se a crisálida: RuAção em Livro…. amanhã
    • Da condição de rua para o Doutorado
    • AGAMBEN em Castor Ruiz e RuAção
    • O LIVRO RuAção: estará nos próximos quinze dias conosco.
  • Meta

    • Entrar
    • Posts RSS
    • RSS dos comentários
    • WordPress.org
  • Compartilhe

Proudly powered by WordPress Theme: Parament by Automattic.